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Belver, pontos de interesse a descobrir (Gavião, Portalegre, Portugal)
Belver está numa zona charneira entre três regiões que, geográfica e culturalmente falando, são muito distintas entre si: o Alto Alentejo, ao qual administrativamente pertence; a Beira Baixa, onde está implantada e o Ribatejo, ao qual já pertenceu. Belver já foi a antiga sede de um concelho com grandes pergaminhos, mas hoje é apenas o epicentro de uma das freguesia do concelho de Gavião, no distrito de Portalegre. A freguesia de Belver tem a curiosidade de ser a única freguesia do Alentejo que se situa a norte do Tejo. O Tejo, aqui, já deixou de ser um rio de planície, corre agora contido entre margens próximas, formadas de escalavrados despenhadeiros de xisto e granito. Estamos num território onde se misturam ancestrais olivais, com montados de sobreiros e azinheiras, eucaliptais e vinhedos. Se, no acesso a Belver, usamos as antigas e estreitas estradas, optamos, por curva...
Capela de São Brás e o seu retábulo-relicário ( Belver, Gavião, Portalegre)
A Capela de São Brás, no interior do castelo, entre a torre de menagem e a muralha norte, data do século XVI. Apresenta uma fachada singela, rematada por empena triangular sob uma pequena sineira encimada por cruz. O portal é modestíssimo (verga reta, arquitrave e pilastras lisas) e sobre ele um pequeno óculo redondo. No interior, a simplicidade mantem-se na nave única de abóbada de berço, porém na capela-mor, demarcada por um arco redondo sobre colunas, descobre-se um inesperado e magnífico retábulo quinhentista de influência italiana, em madeira de castanho, trabalho maneirista de grande erudição artística e vanguardismo. Ocupando a grande edícula central, está uma imagem de São Brás que já perdeu os atributos (o rastelo e as velas cruzadas) porém curiosamente, avança com um pé para cima da cabeça de um porco e aí o pousa. Saber o porquê do pé sobre o focinho do animal é quase um desafio,...
Museu Nacional Ferroviário, uma visita imprescindível (Entroncamento, Santarém) *
😍😍😍😍😍 In augurado, no Entroncamento, em 2015, o Museu Nacional Ferroviário ocupa uma área de dois hectares e meio, “paredes meias” com a estação de caminho de ferro da cidade, o interface ferroviário para o qual confluem as linhas do Norte e da Beira Baixa. Sobre a acumulação do acervo português O operativo “mar de linhas”, a que corresponde o complexo ferroviário do Entroncamento, é o pano de fundo que coloca em contraste os materiais circulantes e tecnologias atuais, com os do passado, em exibição no Museu Nacional Ferroviário. Mais acentuada seria a diferença, não se verificasse, em relação às ferrovias europeias, atraso nos investimentos e modernização do tráfego e das infraestruturas ferroviárias portugueses. Uma decalagem, pondero, de talvez trinta anos, à semelhança da ocorrido, a 28 de outubro de 1856, quando da primeira viagem de comboio, em Portugal. Naquela data, uma só via fora construída, na curta distância, e...
As redes de pesca chinesas em Fort Kochi (Kochi, Kerala, India)
😍😍😍😍😍 As redes de pesca chinesas , ou cheenvala , para os locais, são uma das principais atrações da área de Fort Kochi. O guia local jura que o melhor ponto para se ter uma visão perfeita, destas estruturas invulgares, é a Praça Vasco da Gama. Aquelas já foram apenas ferramentas de pesca, porém, como na baia de Cochim, a atividade de pesca vai sendo menos produtiva, estão semiconvertidas em engodo para turista. Talvez a s fotos e as visitas guiadas, ao acrescentarem-lhes esta nova funcionalidade, assegurem a continuidade da sua presença por muitos mais anos. Entre o incrível-maravilhoso e o majestoso-funcional A primeira vez que as vi, foi numa madrugada, em que o dia estava ainda por acordar e as redes iam sendo erguidas lentamente das águas, trazendo as primeiras levas de peixe da manhã. O ritmo lento e o delicado equilíbrio das redes, com a sua carga, em ascensão, era fascinante. Enq...
Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver (Gavião, Portalegre)
😍😍😍 O Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver fala-nos dos têxteis tradicionais portugueses e da arte das mulheres, as tecedeiras, que debruçadas sobre o tear, cruzando um a um os fios da trama, com os fios da teia, transformavam o linho, a lã e o trapo, em mantas, tapetes, tecidos e outras peças. Qu ando os seus teares eram de pedal, como os expostos neste núcleo, as conversas, entre as obreiras, sobre o quotidiano das suas terras e das suas vidas, teriam como som de fundo a cadência dos pedais a funcionar. A arte tradicional de tecer, ou o trabalho nos teares teve o seu declínio, na década de setenta do século XX, com a ruína da sustentabilidade das produções têxteis tradicionais e com o desaparecimento das suas técnicas, modelos, patrões e produtos. O núcleo museológico, que rememora a vivência dessa atividade, em Belver, localiza-se no espaço recupera...
Belver e o seu castelo hospitalário (Gavião, Portalegre)
A primeira estrutura militar da Ordem de S. João do Hospital Para remontarmos à origem de Belver, recuamos ao ano de 1194, quando D. Sancho I (rei desde 1185) doou as chamadas terras de Guidintesta, ou Guidi in Testa, à Ordem de São João do Hospital de Jerusalém, um vasto território, cujos limites compreendiam, grosso modo, as povoações de Sertã, Pedrógão Pequeno e Oleiros, a norte do Tejo e, a sul, as de Gavião e Tolosa. A doação de Guidintesta inseriu-se na política seguida, pelo segundo monarca de Portugal, de atribuir a “profissionais de guerra”, regiões fronteiriças suscetíveis aos ataques violentos desferidos pelo Califado Berbere Almóada de Marraquexe (como os ocorridos em 1191). Esta doação, a mais antiga com caracter militar aos Hospitalários, demonstra que, no ano de 1194, a Ordem, em Portugal, já estava militarizada e deixara de ser exclusivamente assistencial, pois dispunha de milícia apta a cumprir um papel ativo, face à mourama,...
Capela de São João Baptista ( Amieira do Tejo, Nisa, Portalegre)
Segundo inscrição, no frontispício, a Capela de S. João Baptista foi construída no ano de 1556. Adossada a uma torre, cortou a barbacã do castelo e ocupou integralmente a largura da liça, anulando a primitiva e plena circulação naquele espaço. A escolha da sua implantação comprova que, no século XVI, o ataque, sobre quaisquer hipotéticos sitiantes, deixara de ser a prioridade dos habitantes do castelo e que este já não seria mais usado, na defesa do território. Em verdade, passara a funcionar como um paço residencial da ordem. Um portal, em arco de volta perfeita e aduelas almofadadas, ao gosto renascentista, procura enobrecer a singela fachada da capela. Por cima daquele, uma legenda em latim "Joannes Est Nomen Ejus" , ou seja "João é o seu nome" é uma citação retirada da Vulgata do Evangelho, s egundo São Lucas (1:63). Acima da legenda inscreve-se uma Cruz da Ordem de Malta, rodeada, em dois lados, por uma ...
Museu do Sabão de Belver (Gavião, Portalegre)
Monopólio régio e contrabando de sabão A produção de sabão que concorreu para que os habitantes de Belver, durante muito tempo, fossem alcunhados de Saboeiros, assumiu uma inegável importância económica e social, durante quatro séculos. Tudo começou quando, no século XVI, aqui, em regime de monopólio régio foi instalada uma Fábrica Real de Saboarias. A produção de sabão mole c omo ganha-pão, complementar de muitas famílias de Belver, manteve-se até aos anos sessenta do século XX, muito depois de 1858, ano da extinção daquele monopólio estatal. Ao tempo do monopólio saboeiro, em algumas casas de Belver acontecia a elaboração de sabão, na clandestinidade, para ser contrabandeado, malgrado as sanções severas, que poderiam ir a prisão, para quem ilegalmente fabricasse, importasse ou vendesse sabão, mesmo para o seu próprio consumo doméstico. Um edital e uma revolução local Não nos custa imagin...
Jans, as tecedeiras mágicas (Amieira do Tejo, Nisa, Portalegre)
*As Jans de tempos remotos* Em tempos remotos, falar-se de linhos fiados pelas Jans era uma referência nacional. Por então, de uma forma plausível, o maravilhoso inscrevia-se no sobrenatural e seres mágicos assentiam a participar em ações do quotidiano dos seres humanos. Jans eram seres míticos femininos que, sob a forma de pontinhos de luz, tinham a capacidade de fiar um linho muito fino e sem nós. Estes espíritos fiandeiros eram, de norte a sul de Portugal, apontados como os obreiros das peças de linho da melhor qualidade. *Meadas de linho com bolo* Mas como explicar, hoje, que uma tradição oral que já poucos evocavam, no final do século XIX, se mantenha viva na memória dos habitantes de Amieira do Tejo e ocupe um lugar central no seu património imaterial? Por aqui, ninguém esqueceu que, antigamente, para se ter uma peça de linho tecida pelas Jans ,...
Procissão de N.ª Sr.ª da Boa Viagem, a continuidade da memória e do espírito do lugar (Constância, Santarém)
*N.ª Sr.ª da Boa Viagem sai em procissão* E m Constância, lugar de encontro do rio Zêzere com o Tejo, todos os anos, na segunda-feira a seguir ao Domingo de Páscoa, ocorre a procissão de Nossa Senhora da Boa Viagem. A imagem da Virgem abandona o seu altar, na I greja de São Julião Mártir, matriz de Constância, e, por ruas engalanadas com grinaldas de flores de papel, desce às respectivas zonas ribeirinhas , para abençoar os rios, os barcos e as pessoas. Apesar de hoje, barcos e pessoas serem escassos quando se trata de atividades produtivas e modos de vida fluviais . Não vai sozinha Nossa Senhora, porque no seu cortejo processional, participam o utros santos: uns que, com ela, descem da igreja, e, outros, em improvisados altares floridos à popa de barcos ornamentados com bandeiras e flores de papel. Os barcos agruparam-se no Zêzere, fundeado...