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São Cristóvão "aquele que carrega Cristo"

  

São Cristóvão (Rio Mau)

Narrativas, de cunho mitológico, folclórico e lendário, contribuíram para se formar a representação iconográfica ocidental de São Cristóvão, como santo defensor e protetor dos perigos no dia a dia, sendo invocado como Padroeiro dos barqueiros, peregrinos, viajantes e motoristas. 

 

 

Fontes sobre São Cristóvão 

São mais as dúvidas que as certezas sobre a vida de São Cristóvão. 

 

Provavelmente a fonte primeira da historicidade de São Cristóvão é uma inscrição em pedra, de meados do século V, encontrada nas ruínas de uma igreja, construída e consagrada ao do Martírio de São Cristóvão, na antiga Calcedónia (cidade da Anatólia, na Ásia Menor, atual Turquia).  

  

O texto mais antigo conhecido que relata a existência de São Cristóvão, é posterior, data do século VII, escrito em latim, intitula-se Atos de São Cristóvão.  

 

Porém a popularização de São Cristóvão deve-se ao fato dum relato da sua vida ter sido incluído na Legenda Aurea, um conjunto de narrativas hagiográficas, reunidas por volta de 1260, pelo arcebispo de Génova, Jacopo de Varazze (1229-1298). Este documento foi largamente difundido dentro e fora da Europa, contribuindo fortemente para a propagação do culto de vários santos, pelos seus exemplos edificantes, entre eles, São Cristóvão. 

 

Da hagiografia de Jacopo de Varazze, salienta-se que o primitivo nome do Santo não era Cristóvão pois, chamava-se Réprobo, só mais tarde passou a ser nomeado pelo nome Cristóvão, que quer dizer aquele que carrega Cristo. 

 

De acordo com o texto da Legenda Aurea, carregou Cristo de quatro maneiras: sobre as costas para transportá-Lo; em seu corpo por meio da maceração; em sua mente por meio da devoção e em sua boca por meio da confissão ou da pregação. 

 

Da busca de servir o senhor mais forte ao martírio  

O cruzamento de informações de diversas lendas supõe que o Reprobus (Cristóvão) viveu na época do imperador romano Décio (201-251) tendo tenha sido capturado, martirizado e decapitado, em 251, pelo governador de Antioquia, na Anatólia, atual Turquia. 

  

Um rei pagão em Canaã ou na Arábia, teve um filho a quem batizou de Reprobus  e dedicou ao deus Apolo. O rapaz, cresceu e atingiu um tamanho e uma força extraordinários. 

 

Reprobus resolveu servir apenas ao mais forte e bravo, em sua busca por tal indivíduo, ele primeiro serviu um rei poderosíssimo, mas parou de segui-lo porque ele temia Satanás; logo seguiu um indivíduo que alegava ser o próprio Satanás, mas também acabou por achar que ele não era o mais forte porque temeu uma cruz na estrada. Reprobus deixou o diabo de lado e pôs-se à busca de Cristo. 

 

Certo dia, encontrou um eremita que lhe sugeriu construir uma cabana às margens de um rio, cujas águas eram perigosas, e colocar-se à disposição das pessoas a atravessá-lo, uma vez que tinha uma corpolencia de gigante. 

 

O eremita educou-o na fé cristã e o batizou. Mesmo assim Reprobus recusou-se a jejuar e a rezar para Cristo, mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos haviam morrido ao tentar fazer a travessia. Assumiu a função de barqueiro, com prazer, por vezes, por ser de grande estatura e dotado de extraordinária força física, carregava sobre os ombros aquele que precisasse cruzar de uma margem à outra. 

 

Certo dia, Reprobus fez a travessia de uma criança que ficava cada vez mais pesada, de tal maneira que ele sentia como se o mundo inteiro estivesse sobre os seus ombros. Após a travessia, a criança revelou ser o Criador e o Redentor do mundo. Daí provém o nome Cristóvão, que significa "aquele que carrega Cristo". 

 

Em seguida, a criança ordenou a Reprobus que fixasse seu bastão na terra. Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira. Este milagre converteu muitos, despertando a fúria do rei da região. Cristóvão foi preso e, depois de um martírio cruel, decapitado. 

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